domingo, 30 de maio de 2010

"A ocasião faz o ladrão" lòccasione fa il ladro Gioachino Rossini (1792-1868).
Por cortesia da Escola Secundária da Lourinhã, com a qual colaborei numa pequena palestra, alunos e professores mais os seus caderninhos foram todos à opera ao São Carlos.
O cenário era magnífico mas não me perguntem o que é que fui ver!
Desenhar tem destas coisas, saímos de um mundo e entramos noutro, desliguei imediatamente a ligação ao guião e nos escuro do camarote guiei-me unicamente pela luz e pelas sombras dos cenários e do palco.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Em Janeiro enquanto desenhava este caderno postei esta imagem nos urban sketchers em comemoração dos 40 anos que o meu carro completou, desde o dia em que alguém em 1970 o foi buscar com 0 kilometros algures a um stand em Lisboa.
Fez agora em Maio, 5 anos que como prenda dos meus 40 anos me ofereci o carro que viria a substituir o dia a dia do meu velho carocha de 1960.
A conversa parecia recorrente "o carro está como novo, tem 58000Km reais! Esteve parado mais de 15 anos, nunca dormiu ao relento!"
"Second life". Agora começo acreditar naquela lenga a lenga, o carro renasceu para uma segunda vida, esta agora sim bem real, já rolou mais 30000, conhece bem a cor das estrelas a chuva e o frio da noite, nunca se recusou a pegar seja à hora que for e o único problema a registar, foi o motor do limpa para brisas que não aguentou o inverno que passou.
Ver aqui um anúncio da época alemão passado cá em Lisboa

quarta-feira, 26 de maio de 2010

O papel deste caderno "Claire Fontaine"
era demasiado bom para gastar em desenhos no comboio,
tentei evitar mas não havia volta a dar, é o dia a dia, são as idas e voltas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Todos os anos faço no ar.co uma instalação com "engenhos mecânicos" para que os alunos se vejam gregos a desenhar.
Já restam poucos da turma de ilustração do CIEAM que este ano prosseguiu pelo nível 2. Menos inscritos, menor escolha mas mais persistência maior resistência.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Este é mais um caderno A5 da resistente Papelaria da Moda da baixa de Lisboa. Para caderno reportagem são talvez os melhores, o papel é grosso, de boa qualidade, são a medida do scanner e finos quanto baste de forma que abrem sempre bem seja no principio seja no fim e ainda, rapidamente vemos o fim do caderno a chegar o que é sempre motivador.
Este foi especialmente adquirido para a reportagem que se segue.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Enquanto os repórteres não largavam a figura cartaz deste Algarve Historic Festival, aproveitei também o momento "paparazzi" para fixar a vedeta no meu caderno.
Vale a pena ser paparazzi por vedetas assim de 80 anos, autêntico "gentlemen driver" genuíno herdeiro do antigo espírito das corridas de automóveis, único a fazer verdadeiramente frente ao imbatível Fangio. Moss foi o vencedor das primeiras corridas
de F1 em Portugal no Porto em 1958 e no circuito de Monsanto em Lisboa no ano seguinte, ganhou 16 grande prémios e 4 vezes cosecutivas vice campeão do mundo .
Este é o carro de Stirling Moss.
Podem dar aqui uma voltinha com ele à pista de Portimão sob um magnífico sol de fim de tarde algarvio.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Pela via do Infante, depois de Portimão vira-se à direita por umas estradas novas direito à serra, passa-se por uns descampados e no meio do nada surge uma construção megalómana,
um autódromo que faz o do Estoril parecer uma pista de miniaturas. Tudo foi pensado para o espectáculo das corridas, o traçado da pista com curvas cegas no meio de lombas, bancadas com capacidade para números de espectadores que tomaram eles que algum dia viessem aquecer aqueles assentos, zonas de restauração e laser e uma piscina com água pelo joelho a pensar nas longas secas que as mulheres dos pilotos passam com os filhos à espera.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sim, no tempo destes engenhos com "rodas de bicicleta"
já quase se batia a barreira dos 300 Km/h no fim da recta da meta!
Sim era assim, sem quais quer condições de segurança!

domingo, 9 de maio de 2010

Nas corridas actuais de clássicos misturam-se coisas que no tempo em que estes carros corriam não se misturavam. Não era comum americanos e europeus competirem nas mesmas pistas,
agora podemos comparar a superioridade da agilidade em curva dos carros europeus com a superioridade da velocidade de ponta dos americanos. Neste circuito os americanos levaram a taça.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

algumas máquinas são peças únicas, completamente artesanais. Nas boxes os mecânicos rezam para que os pilotos não façam muitas avarias e consigam trazer de volta os carros direitinhos, se assim não for, não há peças para substituir. Chapa amolgada, é cortada, endireitada e refeita ali na hora.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O trabalho nas boxes é feito com uma coordenação excepcional, em poucos minutos trocam-se caixas de velocidades, motores, afinam-se válvulas e carburadores, com uma precisão cirúrgica.
Ali, a nú e a crú dá bem para ver a ronha e quanto os nossos mecânicos nos enganam!

domingo, 2 de maio de 2010

A corrida (a pé) terá sido eventualmente a primeira forma do homem competir.
Nada tão simples e expontâneo como isto, ver quem chega primeiro, seja a correr atrás da presa seja a fugir dela.
Estou mesmo a ver as mulheres dos homens primitivos a disputarem entre si aquele que em menos tempo conseguia trazer para dentro das cavernas mais e melhor alimento às suas famílias! Também assim se definia quem sobrevivia.
Depois inventaram a roda, domesticaram animais e passaram a correr com tudo o que corresse e rolasse.
As corridas de automóveis disputam-se em volta de circuitos especialmente construídos para isso, há uma tribuna para o aplauso, e boxes onde se preparam as máquinas, tal como nas corridas de cavalos ou dos carros romanos.
Ainda é assim, ver quem chega primeiro.